sexta-feira, 4 de abril de 2008

Leão!

Sinto vontade de voltar pra minha gente e pra você, não sei o que essa distância significa, tentei por vezes entende-la, mas cada vez mais é complicado compreender porque quando chego a casa, na casa onde morei, me dá vontade de chorar, sentir o cheiro das plantas e do lar, não sei também porque me faz lembrar você, no entanto você nunca esteve lá.
Às vezes sento na varanda olho o porta vela, penso naquele dia da cozinha quando você estava lá, da música artificial, muito novamente produzida, essa fica baixa no meu carro, vazio ele está, quando acaba, começa Fernanda inspirada por Nara, lembro-me de seus cabelos e do seu lindo e meigo sorriso, são momentos mágicos estes que chamo de saudades, não consigo me conter, fico eufórica, mas logo o silêncio volta. A possibilidade do não te ver retoma, me desprendo dos meus olhos quando enxerga aviões, carros, estradas, viagens, ando tão cansada do querer não se realizar, às vezes fico impaciente por isso, sabe que não adianta nem me abandonar, não é que mistérios sempre vão de pintar por aí, mas é que se for pra não saber de nada morre afogado.
Ando altamente desligada, esqueço até de esquecer, já esquecendo isso não me incomoda, mas os sistema exige que eu lembre e cumpra os compromissos, mas se torna difícil, saí do equilíbrio, sinto momento de êxtase, logo sei que a próxima etapa construída pela incerteza trará momentos não tão bom quanto esses, mas é necessário para se retornar ao equilíbrio. Espero voltar a atingi-lo, como um efeito de cocaína resgatando a norepinefrina e causando efeitos estimulantes assim como anti-depressivos tri-cíclicos, tenho me sentido, espero não ficar viciada em efeitos como esse, sabendo que assim posso ficar, mas no fim é melhor que você chegue logo, que me mostre seu sorriso e pise na areia branca, ative a norepinefrina nos meus neurônios e a epinefrina na minha circulação, por favor não demore, não me faça ainda mais impaciente!
(pretendo voltar ao equilíbrio, pelo mesmo motivo que saí)